sexta-feira, 31 de maio de 2013

TDAH - TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE


Um dos primeiros autores a escrever sobre o assunto foi Dupré, no período da Primeira Guerra Mundial, que acreditava tratar-se de uma lesão cerebral mínima. Mais tarde, em 1962, num simpósio de Oxford, foi oficializado a expressão Disfunção Cerebral Mínima. Em 1966, um grupo de estudos concluiu que esta disfunção pode originar-se de variações genéticas, irregularidades bioquímicas, sofrimento perinatal, moléstias ou traumas sofridos durante os anos críticos para a maturação do sistema nervoso central.

Em 1980, a Associação Psiquiátrica Americana propôs uma nova denominação: Síndrome do Déficit de Atenção, englobando tanto a hiperatividade como as demais funções que originam da falta de maturação do sistema nervoso central(incoordenação motora, falta de equilíbrio, distúrbios de fala, alteração de sensibilidade, distúrbios de comportamento e dificuldades escolares).

CAUSAS DO TDAH

As causas estão muitas vezes relacionada a problemas durante a gravidez e parto. Segundo estudos realizados pela Revista VEJA (1996), aumentam-se em muito as chances de uma criança sofrer de TDAH se a mãe fumar durante a gravidez.

Complicações no período pré-natal, a ingestão de álcool e o uso de drogas durante a gravidez, infecção do Sistema Nervoso Central na primeira infância, efeitos colaterais causados por certas medicações, também aumentam as chances do TDAH.

Geneticamente os portadores de TDAH, apresentam uma taxa menor de dopamina, um neurotransmissor responsável pelo controle motor e atenção, por isso tendem a apresentar  falta de concentração, principal característica do hiperativo, além da dificuldade de memorizar o que lhe é pedido.

A incidência é maior em meninos, chegando a 80% dos casos, do que em meninas, e por esse motivo pode estar relacionado ao hormônio masculino, a testosterona. Em alguns casos, meninas com TDAH apresentam gestos masculinos e fala grossa como conseqüência de um aumento nessa taxa de hormônio.

CARACTERÍSTICAS DO INDIVIDUO COM TDAH

O hiperativo pode estar em qualquer lugar, e apresenta alguns sinais de comportamento:
  • batendo os pés;
  • sentando e levantando a todo o momento;
  • cantando sem parar;
  • assobiando em horas impróprias;
  • distraindo-se com facilidade;
  • impacientes em filas;
  • não se mantêm sentado durante as refeições;
  • não se concentra em um canal de televisão mudando sempre;
  • faz movimentos desnecessários com o corpo;
  • possui gestos bruscos;
  • tem sono agitado;
  • perde-se no tempo.
    No caso dos bebês:
    • sono intranquilo;
    • mexendo-se muito;
    • ao começar a andar tropeçam e se esbarram mais do que o normal;
    • podem apresentar um retardo na fala e troca de letras por um período maior.
    Mas temos que ter muito cuidado, pois, não podemos dizer que a criança que não presta atenção a alguma coisa tem TDAH, someste aquela que prestar atenção a várias coisas ao mesmo tempo e por isso distrai-se facilmente é indício de TDAH e precisa ser avaliada.

    O hiperativo apresenta certa incoordenação motora. Possui dificuldade para andar de bicicletas, patins, pular cordas, subir em árvores, abotoar roupas, amarrar sapatos, fazer recortes com tesoura, arremessar bola etc.

    Conforme Golfeto (1992, p. 12), a criança hiperativa apresenta dificuldade em distinguir direita de esquerda, alterações de memória visual e auditiva, em orientar-se no espaço, fazer discriminações auditivas, em elaborar sínteses auditivas, além de possuir má estruturação do esquema corporal.

    Em geral, é desorganizada, distraída, esquecida, bagunceira, não gosta de limites, possui dificuldades em completar tarefas, e nos relacionamentos com colegas. Estas características ficam mais evidentes e perceptivas no período escolar, período este em que o nível de concentração deve aumentar para que ocorra a aprendizagem.

    Em casa, o quarto é bagunçado, sobe em armários, não senta à mesa para refeições, não obedece. Os pais devem estar atentos para quando perceber um comportamento excessivamente agitado e unindo às queixas escolares, procurar um especialista. 

    CARACTERÍSTICAS DO ADULTO COM TDAH

    O adulto hiperativo apresenta problemas no trabalho e no relacionamento, além de problemas emocionais.
    Características observadas:
    • É desorganizado;
    • Perde coisas;
    • Chega quase sempre atrasado;
    • Diz o que vêm à mente sem preocupação se o lugar é apropriado;
    • Explode com facilidade;
    • Sente-se inseguro;
    • É inquieto estando sempre mexendo pernas, dedos, joelhos;
    • É impaciente, em filas de banco está sempre reclamando ou acaba desistindo;
    • Não fica sentado muito tempo saindo de onde estiver com freqüência;
    • Baixa auto-estima;
    • Tem muitos projetos ao mesmo tempo e acaba não terminando nenhum;
    • Atrapalha-se com horários por causa da desorganização;
    • Sente-se inferior aos outros;
    • Possui dificuldade de concentração;
    • Esquece-se o que estava falando;
    • Tem sempre a sensação que não vai conseguir alcançar seus objetivos.
    Em decorrência destes fatores, o adulto hiperativo possui dificuldades em se manter no emprego, ou o abandona por tédio.


    DIAGNÓSTICO

    O diagnóstico de um especialista é importante porque nem sempre aquela criança agitada é hiperativa.

    A hiperatividade poderá ser confundida com outras patologias ou mesmo vir junto com estas, tais como: autismo, deficiência auditiva, dislexia, deficiência mental, que pode tornar o diagnóstico difícil, tendo, portanto que ser realizado por um profissional especializado.


                          GUIA DE IDENTIFICAÇÃO INICIAL DO TDAH



    Nem um pouco
    Só um pouco
    Bastante
    Demais
    1. Não consegue prestar muita atenção a detalhes ou comete erros por descuido nos trabalhos da escola ou tarefas.




    2. Tem dificuldade de manter a atenção em tarefas ou atividades de lazer




    3. Parece não estar ouvindo quando se fala diretamente com ele




    4. Não segue instruções até o fim e não termina deveres de escola, tarefas ou obrigações.




    5. Tem dificuldade para organizar tarefas e atividades




    6. Evita, não gosta ou se envolve contra a vontade em tarefas que exigem esforço mental prolongado.




    7. Perde coisas necessárias para atividades (p. ex: brinquedos, deveres da escola, lápis ou livros).




    8. Distrai-se com estímulos externos




    9. É esquecido em atividades do dia-a-dia




    TOTAL 1




    10. Mexe com as mãos ou os pés ou se remexe na cadeira.




    11. Sai do lugar na sala de aula ou em outras situações em que se espera que fique sentado.




    12. Corre de um lado para outro ou sobe demais nas coisas em situações em que isto é inapropriado.




    13. Tem dificuldade em brincar ou envolver-se em atividades de lazer de forma calma.




    14. Não pára ou freqüentemente está a “mil por hora”.




    15. Fala em excesso.




    16. Responde as perguntas de forma precipitada antes delas terem sido terminadas.




    17. Tem dificuldade de esperar sua vez




    18. Interrompe os outros ou se intromete (p.ex. mete-se nas conversas / jogos).




     TOTAL 2





    Como avaliar:
    1) se existem pelo menos 6 itens marcados como “BASTANTE” ou “DEMAIS” de 1 a 9 = existem mais sintomas de desatenção que o esperado numa criança ou adolescente.

    2) se existem pelo menos 6 itens marcados como “BASTANTE” ou “DEMAIS” de 10 a 18 = existem mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que o esperado numa criança ou adolescente.
    O questionário SNAP-IV é útil para avaliar apenas o primeiro dos critérios (critério A) para se fazer o diagnóstico. Existem outros critérios que também são necessários. 

    IMPORTANTE: Não se pode fazer o diagnóstico de TDAH apenas com o critério A! Veja abaixo os demais critérios.
    CRITÉRIO A: Sintomas (vistos acima)

    CRITÉRIO B: Alguns desses sintomas devem estar presentes antes dos 7 anos de idade.

    CRITÉRIO C: Existem problemas causados pelos sintomas acima em pelo menos 2 contextos diferentes (por ex., na escola, no trabalho, na vida social e em casa).

    CRITÉRIO D: Há problemas evidentes na vida escolar, social ou familiar por conta dos sintomas.

    CRITÉRIO E: Se existe um outro problema (tal como depressão, deficiência mental, psicose, etc.), os sintomas não podem ser atribuídos exclusivamente a ele.


    Como suspeitar do diagnóstico:

    1) É necessário haver pelo menos 6 sintomas assinalados na coluna laranja ou vermelha, no CRITÉRIO A.
    ·   Pelo menos 6 sintomas VERDES e menos que 6 sintomas ROSA: TDAH Tipo Predominantemente Desatento
    ·   Pelo menos 6 sintomas ROSA e menos que 6 sintomas VERDES: TDAH Tipo Predominantemente Hiperativo-Impulsivo
    ·   6 ou mais sintomas VERDES e 6 ou mais sintomas ROSA: TDAH Tipo Combinado.

    2) Os CRITÉRIOS B, C, D devem obrigatoriamente ter resposta SIM.

    3) O CRITÉRIO E necessita da avaliação de um especialista, uma vez que os sintomas do Critério A ocorrem em muitos outros transtornos da infância e adolescência.

    Se os critérios A, B, C, D e E estiverem atendidos de acordo com o julgamento de um especialista, o diagnóstico de TDAH é garantido. 


    COMO A ESCOLA PODERÁ AJUDAR 


    Em casos de alunos hiperativos já diagnosticados, em primeiro lugar, traçar estratégias para que este aluno não se sinta entediado e não atrapalhe tanto as aulas.

    DICAS:

    • Substituir aulas monótonas ou cansativas por aulas mais estimulantes que prendam sua atenção (o professor deverá ter muito preparo e ser bastante flexível com seu planejamento, mas ter cuidado para que o hiperativo não se empolgue demais);
    • Estes alunos adoram novidades, lance mão destes recursos não habituais para prender sua atenção. Peça ajuda ao professor de artes para trabalhar de forma interdisciplinar. Estas crianças são muito criativas e se identificam muito com tarefas como criar, construir, explorar. Os adultos hiperativos poderão ter mais sucesso em carreiras ligadas a designers, publicidade, artes plásticas.
    • Organize as carteiras em círculo, em forma de U, ao invés de fileiras a fim de visualizar melhor toda a classe e seu movimento;
    • Coloque esta criança próxima a outras mais concentradas e calmas, assim ele não encontrará seguidores para sua agitação;
    • Traga esta criança para perto de você, assim poderá ver se ela está conseguindo acompanhar seu ritmo, ou se você precisa desacelerar um pouco. Isto o ajudará também a dispersar-se menos;
    • Coloque sempre no quadro as atividades do dia para que este aluno perceba que há regras pré-definidas e previamente organizadas e que todos devem cumpri-las sem exceção de ninguém;
    • As tarefas não poderão ser longas. Deverão ter conclusão rápida para que ele consiga concluir a tarefa e não pare pela metade, o que é muito comum. As tarefas maiores deverão ser divididas em partes para que ele perceba que elas podem ser terminadas;
    • Evite cores muito fortes na sala e na farda como amarelo e vermelho. Cores fortes tendem a deixá-los ainda mais agitados, excitados e menos atentos. Procure colocar tons mais neutros e suaves. Compare com o quarto de um bebê; agora pense: porque ninguém usa cores fortes nele? Estímulo demais não é bom para ninguém;
    • Permita que o aluno saia algumas vezes da sala para levar bilhetes, pegar giz em outra sala, ir ao banheiro. Estes alunos não gostam de ficar parados por muito tempo e desta forma estará evitando que ele fuja da sala por conta própria;
    • Peça que o aluno faça três riscos no quadro. Isto será o número de vezes que ele poderá sair. Cada vez que ele sair deverá apagar um risco no quadro. Isto funciona como um limite e tende a dar certo porque a criança se controla mais antes de pensar em sair da sala;
    • Elogie seu bom comportamento, incentive os colegas a elogiar suas produções, desta forma a turma estará ajudando este aluno a elevar sua auto-estima;
    • Uma agenda de comunicação entre pais e escola é muito importante. Isto evita que as conversas se dêem apenas em reuniões;
    • As aulas de Educação Física são um ótimo auxílio para estas crianças que parecem ter energia triplicada. A ginástica ajuda a liberar mais esta energia que parece ser inesgotável, ajuda na concentração através de exercícios específicos, ajuda a estimular hormônios e neurônios, a distinguir direita de esquerda já que possuem problemas de lateralidade que prejudicam muito sua aprendizagem.


    BIBLIOGRAFIA 

    ABDA – Associação Brasileira do Déficit de Atenção – Como diagnosticar crianças e adolescentes -http://www.tdah.org.br/diag01.php 

    ARAÚJO, Mônica; SILVA, Sheila Aparecida Pereira dos Santos - Comportamentos indicativos do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade em crianças: alerta para pais e professores - http://www.efdeportes.com/efd62/atencao.htm

    GOLFETO, J. H.. A criança com déficit de atenção aspectos clínicos, terapêuticos e evolutivos. Campinas, 1993. Documentação não publicada elaborado na Unicamp (Universidade de Campinas).

    GONÇALVES, Priscilla Siomara – O trabalho em ambiente escolar com alunos portadores do distúrbio de déficit de atenção com hiperatividade- http://geocities.com/hotsprings/oasis/2826/ddah1.html

    Indisciplinado ou hiperativo. In: NOVA escola. São Paulo. Fundação Victor Civita. 2000; n.º 132; pp 30-32.

    SUGESTÕES DE ATIVIDADES E SEUS OBJETIVOS

    Atividades das quais todos participam:

    1 - Leitura de histórias e outros textos – objetivos:

    · Desperta e desenvolve o gosto pela leitura;
    · Favorece o conhecimento intuitivo da escrita;
    · Possibilita a internalização do discurso escrito – por exemplo, a leitura freqüente de texto narrativo favorece a apropriação da estrutura da narrativa e do uso de elementos de coesão, contribuindo para que o aluno produza textos mais claros e coerentes.

    2 - Elaboração de jornal – objetivos:

    · Possibilita que o aluno se exercite na produção de diferentes tipos de textos (narrativo, informativo, argumentativo, publicitário, humorístico etc;
    · Desenvolve habilidades de planejamento, coleta e organização de informações;
    · Escolha do tipo de texto mais adequado à finalidade definida; planejamento do texto a ser escrito, de acordo com a modalidade textual (narrativo, publicitário, argumentativo etc;
    · Revisão e reescrita de texto;
    · Diagramação;
    · Ilustração.

    3 - Títulos (de histórias e outros textos) – objetivos:

    · Favorecem a leitura do texto (ajudam a antecipar o conteúdo / mensagem do texto)
    · Ajudam a estabelecer relação entre texto e contexto (construção do sentido)
    · Contribuem para a alfabetização inicial;
    · São modelos de escrita convencional – quando, após uma leitura feita, o professor registra o título na lousa ou num cartaz para o aluno copiar no caderno;
    · Levam a pensar sobre a escrita – quando o aluno é solicitado a escrever o título da história lida, da forma que sabe;
    · Possibilitam observar a separação das palavras numa frase;
    · Podem ser utilizados em diferentes atividades (dar títulos a desenhos, contos etc.

    4 - Trabalho com nomes próprios – objetivos:

    · Os nomes próprios são um ótimo ponto de partida para a alfabetização;
    · São palavras significativas para os alunos;
    · Funcionam como modelos estáveis de escrita convencional;
    · Propiciam o confronto entre diferentes escritas (diferentes nomes têm letras diversas, diferentes quantidades e arranjos de letras);
    · Fornecem informações sobre letras e outras convenções da escrita de palavras (variedade, quantidade, posição das letras na palavra).

    5 -  Atividades com letras móveis – objetivos:

    · Os alfabetizandos arriscam-se mais em suas tentativas de escrita e corrigem com mais rapidez e menos esforços quando erram;
    · Favorecem a reflexão sobre a escrita: que letras usar, quantas, em que ordem;
    · Estimulam a cooperação entre os colegas – os mais adiantados ajudam os que têm dificuldade.

    6 - Jogos – objetivos:

    · Levam ao reconhecimento das letras do alfabeto;
    · Ajudam a relacionar som e grafia;
    · Contribuem para a percepção de como se combinam letras para formar palavras;
    · Fixam a grafia correta de palavras mais usuais;
    · Favorecem a aprendizagem de conteúdos gramaticais.
    7 - Revisão e escrita coletiva e individual de texto – objetivos:

    · Desenvolve a consciência da necessidade de estruturar bem o texto, evitando lacunas e repetições, utilizando eixos de coesão próprios da escrita e pontuação;
    · Favorece o uso adequado da concordância verbal, nominal e pronominal;
    · Contribui para a grafia correta das palavras mais usadas.

    8 - Trabalho com rimas: poesias, letras de músicas, parlendas, adivinhas etc– objetivos:

    · Desperta e desenvolve o gosto por esse tipo de texto;
    · Desenvolve a sensibilidade e a consciência sonora, fundamentais para a alfabetização;
    · Familiariza o aluno com aspectos discursivos do texto poético: rima, ritmo, repetição, uso de metáforas e aspectos gráficos de organização desse tipo de texto;
    · Por ser fácil de memorizar, o texto poético pode ser usado na alfabetização inicial: como modelo de escrita convencional e como texto para leitura de memória;
    · Uso de atividades lúdicas do tipo: descobrir a palavra que falta, colocar em ordem os versos, remontar estrofes, recortando e colando as palavras da poesia, canção ou parlenda etc.

    9 - Trabalho com rótulos e propagandas – objetivos:

    · Possibilita o reconhecimento de nomes de marcas conhecidas;
    · Propicia o contato com diferentes tipos de letras;
    · Funciona como modelo de escrita convencional;
    · Leva a pensar sobre como se estruturam as palavras (letra inicial e final, relação entre som e grafia, posição das letras na palavra);
    · Favorece a capacidade de grafar um certo número de palavras e frases curtas (apoiando-se na memória) mesmo antes de estar alfabetizado.

    TRABALHO COM CLASSES HETEROGÊNEAS

    ATIVIDADES DAS QUAIS TODOS PARTICIPAM:

    · Conversas e debates;
    · Leitura, compreensão e interpretação de texto;
    · Produção de texto: coletiva, em grupos, dupla e individual;
    · Recriação de texto de outros autores.


    ATIVIDADES PARA ALUNOS NÃO ALFABETIZADOS:

    Jogos para:
    · Reconhecer letras;
    · Relacionar som e grafia;
    · Perceber como se combinam letras formando palavras;
    · Leitura apoiada principalmente na memória e na ilustração;
    · Escuta de leitura;
    · Compreensão e interpretação de textos (oralmente, através de desenhos, dramatizações, tentativas de escrita).

    ATIVIDADES EXCLUSIVAS PARA ALUNOS ALFABETIZADOS:

    Jogos para aperfeiçoar:
    · Grafia das palavras;
    · Aspectos gramaticais;
    · Segmentação de palavras e frases;
    · Uso de dicionário;
    · Trabalho independente de leitura e escrita;
    · Revisão de texto (autocorreção);
    · Reescrita de texto – coletiva, em duplas, individualmente.

    ORGANIZAÇÃO DO AMBIENTE

    · Organize a classe de maneira que todos os alunos possam participar dos projetos;
    · Leia diariamente para eles;
    · Escreva na lousa ou num cartaz o título do texto lido e o nome dos personagens (se houver);
    · Peça que reproduzam o que você leu como souberem;
    · Coloque material de leitura ao alcance dos alunos;
    · Comente sobre livros ou outros textos que você leu e achou interessante;
    · Trabalhe com textos que permitam memorização, organize coletâneas com eles e incentive o aluno a fazer leitura de memória;
    · Leve para a sala de aula embalagens vazias, folhetos de propaganda, catálogo de livros, etc;
    · Crie situações em que a escrita se faça necessária;
    · Faça produção coletiva de textos;
    · Procure ler o que os alunos rabiscam ou tentam escrever – traduza para a escrita convencional;
    · Distribua letras móveis e desafie-os a formar e ler palavras;
    · Ofereça jogos e incentive-os a jogar;
    · Elogie todas as tentativas dos alunos.

    segunda-feira, 27 de maio de 2013

    CRIANÇAS COM DISLEXIA: COMO AJUDAR


    dislexa_264x209_psicologia na actualidade nao reutil 
    Esta síndrome poderá ter duas causas: uma dislexia adquirida ou dislexia de evolução
    Atualmente, a Organização Mundial da Saúde define a dislexia como sendo uma disfunção que se caracteriza pela dificuldade na aprendizagem da leitura.

    Uma dificuldade que se manifesta apesar de os níveis intelectuais da criança serem normais e mesmo que o meio sociocultural de onde provém e as oportunidades de instrução sejam acima da média.

    Existem duas causas principais desta síndrome:
    1. Por um lado, pode haver uma dislexia adquirida, fruto de perturbação emocional precoce, de lesões cerebrais ou de trauma de gravidez ou parto.
    2. E por outro lado, a dislexia de evolução, a mais comum, provocada por deficit maturativo.

    Assim, surge, além dos aspetos relacionais e dinâmica da personalidade e além das funções lógica e linguística, a importância de outras funções superiores: perceção, atenção, memória e estruturação espácio-temporal. De salientar ainda, a importância da integração e do desenvolvimento psicomotor e das condutas motrizes.

    A Dislexia de Evolução traduz-se por consideráveis dificuldades na aprendizagem da leitura, muito frequentemente acompanhadas por disortografia e perturbações na manipulação dos sons da linguagem. Paralelamente estão associadas outras perturbações cognitivas, tais como, défice das capacidades atencionais e na manutenção da concentração; síndrome de hiperatividade cinética; dificuldades mnésicas afetando a memória fonológica.

    Deste modo, associada à dislexia encontra-se, na maior parte das vezes, uma disgrafia, ou seja, dificuldades da transcrição escrita da linguagem falada, e disortografia, que remete para erros ortográficos, sintaxe defeituosa e má compreensão das funções dos vários elementos da frase (sujeito, predicado e complementos).

    As dislexias de evolução podem ser classificadas em três subtipos clínicos:

    Fonológica
    Visuo – perceptiva
    Mista

     
    Fonológica
    • Leitura de palavras regulares parece relativamente boa mas as capacidades fonológicas e metafonológicas são limitadas;
    • Dificuldade na manipulação dos sons da linguagem;
    • Fracos desempenhos em exercícios de análise de rima, de segmentação ou de supressão fonética;
    • Dificuldade na automatização da descodificação entre grafemas e fonemas para uma palavra nova;
    • Erros na descodificação fonológica de grafias próximas (ge/je; gi/ji);
    • Erros derivacionais que conduzem a pseudo-palavras (tranquilamente-tranquilantemente);
    • Sobre utilização do contexto fonológico, particularmente na oralidade (“as marmotas e as ovelhotas”, “ele falou com os seus botões e a todos os cidadões”);
    • Sobre utilização do contexto semântico conduzindo a substituições por sinónimos por vezes desajeitadas.

    Visuo - percetiva
    • Leitura é muito lenta hesitante, monocórdica e sem respeito pela pontuação;
    • Recurso a estratégias de descodificação letra - som;
    • Maiores dificuldades na leitura de palavras irregulares com erros de regularização;
    • Confusões na orientação espacial das letras ou números (p/d; p/q; u/n; 6/9; 2/5);
    • Confusões na identificação de letras graficamente próximas (v/y; f/t; ch/cl);
    • Défice na memória de trabalho visuo - espacial;
    • As palavras novas e as palavras muito longas, cuja estrutura é pouco habitual (i.e., não faz lembrar outras palavras) são dificilmente codificadas;
    • Incapacidade no acesso ao sentido da palavra ou frase devido a uma leitura muito lenta e na codificação/descodificação dos itens.

    Mista
    • Comporta as duas componentes: fonológicas e visuo - percetivas.

    No início do processo de aprendizagem da leitura - escrita é necessário todo um conjunto de habilidades que têm de se apresentar desenvolvidas (fonológicas, visuo - espaciais, percetivo - motoras). Se tais competências não se encontrarem devidamente desenvolvidas, a criança revelará dificuldade no decorrer do processo enunciado, atingindo níveis de realização impróprios para sua idade e ano escolar. Quando tal acontece, torna-se necessário e urgente a estimulação e o exercício de determinadas actividades no sentido de promover o desenvolvimento ou a evolução das competências supra-citadas. Caso contrário, a criança irá aprender sempre com erro.

    Fonte: http://crescer.sapo.pt/crianca/educacao-e-pedagogia/criancas-com-dislexia-como-ajudar

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    SUGESTÕES DE CONTEÚDOS PARA EDUACÇÃO INFANTIL E ALFABETIZAÇÃO

    • Opostos • 4 elementos da natureza • Amigos • Cores • Animais • Animais em Extinção • Abelhas • Dinossauros • Dinossauros Brasileiros • Fundo do mar • Cadeia Alimentar • Família • Corpo humano • 5 (cinco) Sentidos • Esqueleto e Músculos • Dengue • Higiene • Higiene Bucal • Vestuário • Ecologia • Meio Ambiente • Amazônia • Reciclagem • Energias • Vamos Poupar • Estações do ano • Flores • Frutas • Legumes e verduras • Plantas Carnívoras • Nosso Bairro • Zona Urbana e Zona Rural • Universo • Sistema Solar • Viagem à Lua • Artes • Circo • Contos de Fadas • Datas Comemorativas • Folclore • Receitinhas • Horas • Livros • Profissões • Trânsito • Meios de transporte • Meios de comunicação • Música • Poesia

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