segunda-feira, 31 de agosto de 2009

AMBIENTE ALFABETIZADOR


      É muito importante oferecer ao aluno um ambiente alfabetizador, povoado de escritos que façam sentido para ele. Cabe ao professor colocar a disposição da turma leituras variadas, revistas, cartazes, listas, livros, jogos entre outros, propiciando dessa forma, um contato cotidiano rico e significativo com a língua e a escrita.
     A escola é um espaço privilegiado de vida e aprendizagem que deve criar condições para que o aluno realize atividades que envolvam a criatividade e, ao mesmo tempo, que empregue estratégias de ensino-aprendizagem que promovam o desenvolvimento de seu processo de alfabetização.
     A criança para PIAGET (1975), constrói a sua personalidade a partir de seu    desenvolvimento social, através das relações que troca com o meio em que vive. Desta forma o professor deve aproveitar qualquer situação possível para desenvolver um trabalho de qualidade, dando à criança a liberdade de acertar ou errar, só assim ela se desenvolverá integralmente, cognitivamente, afetivamente e socialmente. É preciso que a criança crie, invente e imagine, cabe então ao professor, criar condições favoráveis para que esse objetivo seja alcançado.
     Uma das dificuldades para a realização de um planejamento que promova uma alfabetização realmente significativa é o acesso a diferentes tipos de impressos produzidos pela sociedade. Muitas crianças chegam à escola sem ter tido oportunidade de conviver e se familiarizar com a grande variedade de gêneros textuais, o que provoca, um desconhecimento sobre as diferentes formas de comunicação que os textos escritos proporcionam. E é na escola, que muitas vezes, torna possível o acesso aos diversos gêneros textuais, principalmente nas comunidades onde não há uma biblioteca pública próxima.
     FERREIRA (2002) salienta que as atividades programadas na Alfabetização não devem, pois perder de vista as necessidades e os interesses das crianças, sempre ávidas para explorar, experimentar, colecionar, perguntar e aprender. Tendo isso em mente, é papel do alfabetizador, estimular a criança para que desenvolva continuamente sua capacidade de representação, muitíssimo necessário para sua inserção, sem desconsiderar as necessidades e os interesses das crianças.
    Segundo ROGERS (1972) “educação é um processo de relacionamento interpessoal”, sem o qual não ocorre a formação adequada dos alunos, nem se desenvolve o seu potencial cognitivo e afetivo. É o que também destaca Levy S. Vygotsky:
                                               “... O ser humano cresce em um ambiente social e a interação com as pessoas é fundamental para o seu desenvolvimento.”



    A organização das aulas na Alfabetização, torna possível aos alunos vivenciar diferentes situações de aprendizagem, onde o convívio social, fundamental para seu desenvolvimento, ocorre de forma dinâmica e organizada.
    Segundo SARAIVA (2001), é papel da escola alfabetizar, formar indivíduos que convivam com a leitura, obtendo dela conhecimento e prazer, e oportunizar aos alunos o desenvolvimento de uma atitude crítico-reflexiva diante dos textos. Com isso, a escola pode ajudar a compor modos de ler que produzam prazer e conhecimento. Uma leitura que não se limita à decodificação é instrumento de autocompreensão e estabelecimento de ricas relações interpessoais, acrescenta o autor.
    Ao organizar atividades que favoreçam a aquisição da leitura e da escrita, o alfabetizador deve buscar conhecimentos teóricos nos estudos de Emília Ferreiro e Ana Teberosky em “Psicogênese da Língua Escrita”, para que possa compreender que saber ler não é apenas conhecer o sistema alfabético da língua escrita, mas é também saber ler de forma critica, reconhecendo diferentes tipos de textos.
   O professor envolvido no processo de aquisição da língua escrita precisa construir um ambiente alfabetizador, isto significa possibilitar ao aluno o contato com a diversidade de textos presentes no dia-a-dia e utilizar a escrita de maneira crítica e ativa na alfabetização.
   O desenvolvimento infantil é um processo que depende do que cada criança é, de suas experiências anteriores, do ambiente em que vive e de suas relações com esse ambiente.
   O processo de alfabetização ocorre de forma diferente em cada criança, sendo assim é possível estabelecer alguns princípios gerais que orientam a metodologia a ser adotada para a execução das atividades:

1º. As atividades devem ser centradas nos interesses das crianças e organizadas de modo a respeitar as condições de realização de cada uma delas.

2º. As atividades, sempre que possível, serão interdisciplinares e atenderão a todos os objetivos previstos pelo alfabetizador.

3º. Os jogos e brincadeiras farão parte das atividades diárias, podendo ser indicadas pelo professor ou escolhidas pelos alunos.

4º. As atividades em grupo devem ser priorizadas. A interação com o outro (colega/professor) é um dos maiores suportes para a aprendizagem.

5º. As atividades de auto-expressão estarão presentes durante todo o processo de alfabetização. A expressão oral, plástica e corporal – das emoções e do pensamento – tem fundamental importância para o desenvolvimento das crianças.

6º. A solução de problemas. O aprendizado nas classes de alfabetização deve ser um constante desafio à criatividade, à imaginação e ao raciocínio das crianças. Todas as atividades apesar de anteriormente planejadas pelo educador devem ser replanejadas, organizadas e executadas pelas próprias crianças, que descobrirão como fazê-las da melhor maneira possível.

7º. O alcance da autonomia. As crianças precisam ter oportunidades de fazer suas escolhas, de se responsabilizarem por suas tarefas, de exercerem, em fim, sua independência, assumindo conscientemente seus direitos e deveres.

    Em todo processo de alfabetização, deve-se cuidar para que todas as atividades de leitura e escrita propostas aos alunos apareçam contextualizadas e associadas a uma significação, isto é, ligadas a aspectos da vida das crianças ou às atividades que realizam em sala de aula ou em casa.

Atividades Propostas:

• Jogos e atividades variadas com alfabeto móvel e sílabas móveis;
• Caça-palavras;
• Cruzadinhas;
• Jogos da memória;
• Leitura e interpretação oral de diferentes textos, poesias, músicas, parlenda;
• Montagem e escrita de pequenas estruturas lingüísticas;
• Adivinhações, trava-línguas, quadrinhas, anedotas;
• Relatório oral e escrito de experiências vivenciadas;
• Histórias mudas;
• Leitura de livrinhos de literatura (em grupo ou individual)
• Jogos e atividades orais que permitam a criança a brincar e recriar com a linguagem (rimas);
• Trabalhos manuais – recortes, dobraduras, pinturas, encaixes – propiciam às crianças novas formas de expressão e o uso, em sua linguagem, de novas palavras;
• Transcrição de receitas, brincadeiras, piadas;
• Recorte de figuras ou palavras para montagem de álbuns ou dicionários;
• Localizar palavras num texto, copiá-las separando suas sílabas num diagrama.

sábado, 29 de agosto de 2009

AS HIPÓTESES DE LEITURA E ESCRITA

AS HIPÓTESES DE LEITURA E ESCRITA: UMA FORMA DE COMPREENDER PORQUE E COMO A CRIANÇA APRENDE

Texto elaborado por Luciana dos Santos Tapajós da Costa


O professor alfabetizador deve ter conhecimento de que nossa língua envolve fonética e escrita, percebendo o sentido e o som das palavras. Neste sentido, Vygotsky (1984) destaca que “os gestos são escritas feitas no ar, e os sinais frequentemente são simplesmente gestos que foram fixados no papel”.
Na verdade, a escrita de uma criança muito pequena é uma conseqüência de seus atos infantis. Ela acredita que escreve, porém o adulto muitas vezes só vê o rabisco ou um amontoado de letras, sem se dar conta de que a criança está construindo seu processo de aquisição do código escrito. Entretanto, o professor alfabetizador, jamais pode ter essa visão, de que os desenhos ou rabiscos são apenas rabiscos e nada mais. O professor alfabetizador precisa ter em mente que a criança entra em contato com o mundo da escrita antes mesmo de saber ler convencionalmente e elas já atribuem significados a coisas que estão escritas, a partir do que já conhecem.

Emília Ferreiro e Ana Teberosky desvendaram os mecanismos pelos quais as crianças aprendem a ler e escrever, levando muitos educadores a reverem seus métodos. De acordo com elas, a criança estabelece muito cedo, hipóteses em relação à escrita (primeiro acha que podemos ler desenhos; depois percebe que as letras existem para esse fim; e por último compreendem como usar essas letras para escrever). Em sua obra Psicogênese da Língua Escrita, não apresentam nenhum método pedagógico, mas revelam os processos de aprendizagem das crianças. Segundo Telma Weisz, “a história da alfabetização pode ser dividida em antes e depois de Emília Ferreiro e Teberosky”.

Os estudos de Emília Ferreiro e Ana Teberosky tornaram possível uma nova visão a cerca da alfabetização. Tanto as descobertas de Piaget como as de Emília Ferreiro e Ana Teberosky levam a conclusão de que as crianças têm um papel ativo no aprendizado, construindo seu próprio conhecimento.
Para Emília Ferreiro, a construção do conhecimento da leitura e da escrita tem uma lógica individual e de interação social, tanto na escola, como fora dela. Nesse processo de construção, a criança passa por etapas nas quais irá avançar e até mesmo recuar, até que ela consiga se apossar e dominar o código lingüístico. E quanto ao tempo necessário para que cada criança transponha cada uma das etapas, varia muito. Sendo assim, a construção do conhecimento ocorre por meio das seqüências de hipóteses.
Dessa forma toda criança passa por quatro fases ou níveis até que esteja alfabetizada: Pré-silábica (nível I – pictórico e ideográfico; nível II), Silábico – sem valor sonoro e com valor sonoro, Silábico-alfabético e Alfabético.


PRÉ–SILÁBICA


Não consegue relacionar as letras com os sons da língua falada, esta fase pode-se dividir em dois níveis: Nível I e Nível II;
O Nível I pode ser:
• Pictórico onde ocorrem na escrita as garatujas ou os rabiscos (desenhos sem figuração);
• Ideográfico em que a criança usa desenhos para representar palavras.

O Nível II – é onde a criança:
• Escreve diversas letras para representar palavras.;
• Ela percebe que para escrever precisa de letras;
• Sua escrita não tem relação com a sonoridade;
• A ordem das letras não tem importância;
• Para ela a escrita não pode conter menos que três ou quatro letras;
• Sua leitura é global;
• Nesta fase pode ocorrer o “Realismo Nominal”, ou seja, associa o tamanho da palavra ao tamanho do objeto. Exemplo: A criança acredita que para escrever “ELEFENTE” ela precisa de muitas letras, por que o elefante é grande, e para escrever “FORMIGA” ela precisa de poucas letras, por que a formiga é pequena;

SILÁBICA

• Interpreta a letra a sua maneira, atribuído valor de silaba a cada uma;
• É nesta fase que a criança percebe que não precisa de um monte de letras para cada palavra escrita. Mas às vezes coloca letras entre as sílabas que são chamadas de “almofadas” (no meio da palavra) ou “sobrantes” (no final da palavra) talvez para ficar “mais bonito”. Exemplo: UAX (uva)
• As vezes pode usar uma letra para representar cada palavra na frase, pois para a criança nesta fase a “sílaba” é a menor unidade da escrita, na frase a menor unidade é a “palavra”.
• Esta hipótese pode se dividir em dois níveis: Silábico Sem Valor Sonoro e Silábico Com Valor Sonoro.
• Silábico Sem Valor Sonoro a criança relaciona a escrita e a fala, para cada vez que pronuncia uma sílaba, ela escreve uma letra, porém essa letra (grafema) não tem relação com o som (fonema). Exemplo: XLH (cavalo);
• Silábico Com Valor Sonoro, usa uma letra para cada vez que pronuncia uma sílaba, mas desta vez faz relação com o fonema (som). Exemplo: CVL, CVO, AAO ou AVL (cavalo).
• Na hipótese silábica com valor sonoro, pode surgir a falha na alfabetização, a criança pode ser “vocálica” (iniciou a alfabetização a partir das vogais, exemplo: escreve AAO - cavalo) ou “consonantal” (iniciou a alfabetização a partir das consoantes, exemplo: escreve CVL - cavalo).

SILÁBICO-ALFABÉTICA

Esta é a hipótese intermediária em que a criança ora escreve silábicamente, ora alfabéticamente, ou seja, mistura a lógica da fase anterior com a identificação de algumas sílabas. Exemplo: escreve SAPT – sapato.

ALFABÉTICA

• Toda criança nesta hipótese é sonora;
• Domina a maioria das letras do alfabeto, apresentando apenas dificuldades na ortografia;
• Domina, enfim, o código escrito, distinguindo letras, sílabas, palavras e frases.
O princípio de que o processo de conhecimento por parte da criança deve ser gradual, corresponde aos mecanismos deduzidos por Piaget, segundo os quais cada salto cognitivo depende de uma assimilação e de uma reacomodação dos esquemas internos, que necessariamente levam tempo.
A alfabetização é um processo continuo construído ao longo do desenvolvimento da criança é a ação de ensinar, ou aprender a ler e a escrever, estando intimamente ligada aos conhecimentos da leitura e escrita.
Ao organizar atividades que favoreçam a aquisição da leitura e da escrita, o alfabetizador deve buscar conhecimentos teóricos nos estudos de Emília Ferreiro e Ana Teberosky em “Psicogênese da Língua Escrita”, para que possa compreender que saber ler não é apenas conhecer o sistema alfabético da língua escrita, mas é também saber ler de forma critica, reconhecendo diferentes tipos de textos.
O professor envolvido no processo de aquisição da língua escrita precisa construir um ambiente alfabetizador, isto significa possibilitar ao aluno o contato com a diversidade de textos presentes no dia-a-dia e utilizar a escrita de maneira crítica e ativa na alfabetização.

Como realizar o levantamento


Visto que o objetivo da avaliação é diagnosticar o que a criança é capaz de resolver sozinha ou fazer o levantamento do conhecimento já construído por ela. Essas investigações permitem ao professor atuar como mediador no processo ensino-aprendizagem e fornecer pistas para que a criança se torne alfabética. Nesse processo, a sondagem diagnóstica é atividade essencial, que capacita o educador a conhecer as hipóteses das crianças envolvidas no processo de alfabetização (pré-silábico, silábico, silábico-alfabética e alfabético).
Para realizar a sondagem escolhem-se quatro palavras (uma polissílaba, uma trissílaba, uma dissílaba e uma monossílaba, nessa ordem) e uma frase de um mesmo campo semântico (do mesmo assunto). Por exemplo: dinossauro, cavalo, gato e rã; O gato é meu.
Pede-se para que a criança escreva do jeito que souber. As palavras serão ditadas pausadamente sem dizer quais são as letras. Se ela perguntar como se escreve, devolva a pergunta: como você acha que é que se escreve? Até que ela escreva como acha que é a palavra, elogie seu esforço.
O professor pode pedir a criança que ainda não identifica s letras que faça o desenho. É importante pedir para que ela leia individualmente cada palavra que escreveu, apontando as letras e sinais correspondentes a fala.
Observar e anotar em um caderno o jeito que leu e escreveu, se identifica letras? Identifica sílabas? Confunde letras com números? Sabe fazer as letras? Associa o som a letra? Etc.
Outro elemento importante que pode servir como sondagem é a escrita de textos espontâneos (escrever uma história, uma música, etc, como souber).
A parti do material investigado em uma sondagem, pode-se refletir sobre o pensamento da criança e perceber sua hipótese lingüística: pré-silábica, silábica, silábico-alfabética, ou alfabético. Isso permite a formação de grupos heterogêneos e proposta de atividades diversificadas, cujo objetivo é a desestruturação da hipótese que a criança tem a respeito da linguagem escrita, bem como a construção de uma nova hipótese, culminando na reconstrução do código lingüístico.
Uma das formas para se contribuir para esse trabalho é utilizar jogos, porque jogando se aprende a fazer de conta, representar uma coisa por outra, criar códigos, perceber as letras. Percebe-se o valor sonoro convencionalmente e reconstrói o código lingüístico.
Os testes devem ser realizados periodicamente, desde a entrada do aluno na escola, depois uma vez por mês ou uma vez a cada bimestre e ao término do ano letivo. Os resultados são comparados com a sondagem anterior, para constatar os avanços.

Referencial Bibliográfico


PIAGET, Jean. Formação do Símbolo na Criança: Imitação, Jogo, Sonho e Representação. Trad. Por Álvaro Cabral, 2.ª Ed. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1975.

FERREIRO, E; TEBEROSKY, A. Psicogênese da Língua Escrita. Porto Alegre: Artes Médicas, 1985.

BRASIL. Secretaria de Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: língua Portuguesa. Brasília: MEC,1996.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida (org.). Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a Educação. 2.ª Ed. São Paulo: Cortez, 1997.

VYGOTSKY, Lev. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes,1984.

COSTA, Marta Moraes. O Professor e a Leitura, a Semeadura no Campo da História. Revista Aprende Brasil. Curitiba: Positivo. Ano II, n.º 9. Fev / Mar. de 2006.

 
OS NÍVEIS DAS HIPÓTESES LINGÜÍSTICAS




PRÉ-SILÁBICO I
• Não estabelecem vinculo entre fala e escrita;
• Supõem que a escrita é outra forma de desenhar ou representar coisas
• Taíssa é pictórica, pois sua escrita ocorre em forma de rabiscos ou garatujas (desenhos sem figuração);
• Lucas é ideográfico, pois usa desenhos para representar palavras.


PRÉ-SILÁBICO II

• Usa várias letras para representar uma palavra;
• Sabe que para escrever precisa de letras;
• Acha que para escrever precisa de mais de três ou quatro letras;
• Sua leitura é global;
• No caso da Maria apresenta Realismo Nominal (escreve a quantidade de letras de acordo com o tamanho do animal, a formiga é pequena poucas letras, o elefante é grande mais letras). Além de usar as letras do próprio nome na escrita.



SILÁBICO SEM VALOR SONORO
• Usa uma letra para cada vez que pronuncia uma sílaba, porém sem relacionar a letra com o fonema (som);
• Às vezes usa letras “SOBRANTES” e “ALMOFADAS”;
• No caso de Ana ela usa na frase uma letra para representar uma palavra;



SILÁBICO COM VALOR SONORO


• Usa uma letra para cada vez que pronuncia uma sílaba, relacionando letra a fonema (som);
• No caso do Jean ele usa de letras “Sobrantes” (no final da palavra) e “Almofadas” (no meio da palavra);
• Gabriel é vocálico, iniciou sua alfabetização a partir das vogais;
• Júlia é consonantal, iniciou sua alfabetização a partir das consoantes.



SILÁBICO-ALFABÉTICO
• Ora escreve silábicamente, ora alfabéticamente;
• Percebe que o som da sílaba acrescentando letras;
• Ainda em conflito

ALFABÉTICO
• Domina a maioria das letras;
• Apresenta dificuldades ortográficas;
• Distingue letras, sílabas, palavras e frase;
• Lê de acordo com o ritmo frasal;
• Tem domínio do código escrito.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

RECREAÇÃO E JOGOS

SUGESTÕES DE JOGOS E BRINCADEIRAS

1. Apito escondido

Objetivos: Descontração e atenção

Desenvolvimento: Os participantes formarão um circulo. Serão escolhidos dois ou três participantes para sair do espaço da brincadeira (eles devem ficar num local onde não ouvirão as explicações da brincadeira), enquanto só os que ficam recebem as instruções.

Após todos conhecerem a atividade, o responsável chamará um dos participantes que saíram. O responsável explica que ele deve tentar adivinhar qual dos participantes está com o apito. Para isso, os participantes, estarão todos em pé com as mãos simulando que escondem um apito e, vez por outra, um deles deverá apitá-lo, para quem está no centro descobrir com quem está. Será dito a quem está no centro que os participantes da roda poderão passar o apito para as mãos de quem está ao seu lado, cada vez que o participante que está no centro desconfiar de alguém deve apontar para que lhe mostre as mãos para ver se está ou não com o apito. O responsável pela atividade deve estar andando por dentro do circulo e falando para tirar-lhe a atenção, pois, na verdade, o apito não estará com ninguém da roda, e sim preso às costas do responsável pela atividade, e sempre que ele ficar próximo de algum participante da roda este aproveita e assopra o apito, enquanto o responsável cobre com o próprio corpo o gesto de apitar. Caso o participante do centro não consiga descobrir o truque, o responsável deve facilitar.

Quando ele descobrir está na hora de realizar o truque com o próximo que está fora do espaço da brincadeira.

2. Arca de Noé

Objetivos: Agilidade, atenção e prontidão.

Desenvolvimento: Uma criança ficará num retângulo desenhado no solo (a arca de Noé); as mais em volta sentadas dizendo:“Na arca de Noé, Todos cabem, todos cabem; Na arca de Noé, Todos cabem e eu também.” Na frase “eu também”, o educador dirá o nome de um animal, por exemplo: “papagaio”, e todas as crianças sairão correndo, imitando e emitindo seu som onomatopéico, enquanto Noé, saindo da arca, tentará pegar uma criança; a que for pega passará ser o novo Noé e a brincadeira recomeçará.

3. Barra-manteiga 

Objetivos: Atenção, agilidade e orientação espacial

Desenvolvimento: Traçam-se duas linhas paralelas, distantes 15 metros uma da outra. Sobre elas ficam as crianças, divididas em igual número, defrontando-se em fileira. Dado o sinal, o jogador designado por sorteio para começar o jogo sai correndo da linha do seu partido e chegando ao campo adversário bate na palma da mão direta estendida das crianças de outra equipe, recitando: Barra-manteiga, Meu povo tem negro, Tem branco, Tem índio e Tem japonês, 1, 2, 3. Bate então mais fortemente na mão de uma das crianças, em sinal de desafio, fugindo para o seu grupo, enquanto o desafiado tenta prendê-lo antes de transpor a linha. Se o desafiante for preso, será incorporado ao partido contrario e outro participante do mesmo grupo fará o papel de desafiante e o outro volta a ocupar o seu lugar primitivo. O novo desafiante repete a ação do primeiro, e assim prossegue o jogo.

4. Batata quente 

Objetivos: Agilidade, percepção auditiva e ritmo.

Desenvolvimento: Educandos sentados em circulo. Um deles fica de fora do circulo e de costas para os colegas, dizendo a frase: “... batata quente, quente, quente... queimou!” Enquanto isso, os que estão no círculo, passarão a bola de mão em mão, quando ouvirem a palavra “queimou”, quem estiver com a bola sairá, depois de pagar uma prenda.

5. Boliche maluco

Objetivos: coordenação motora fina, coordenação viso-motora, percepção tátil e visual.

Desenvolvimento: Os educandos com a ajuda do educador fazem montes de sucatas, recebem uma bola cada um de um local determinado tentam acertar e derrubar a pilha de sucatas rolando a bola.

6. Boneco de botões

Objetivos: Atenção e concentração

Desenvolvimento: Educandos em círculos, sentados. Um deles será o boneco que ficará no centro, imóvel, um outro será afastado, enquanto os demais combinam com o boneco qual será o botão (ponto do corpo) que deverá ser tocado, para que ele se movimente.
Pode-se combinar o número de tentativas para adivinhar. Caso não consiga pagará uma prenda.


7. Caça-ao-tênis (jogo de estafeta) 

Objetivos: habilidade manual, agilidade e atenção.

Desenvolvimento: Dividir os participantes em equipes, pedir para tirarem os tênis e juntá-los em lugar centralizado. Caso existam tênis muito parecidos, pode-se colocar uma marca para diferenciá-lo. Ao sinal de inicio, o primeiro de cada equipe deve procurar seu par de tênis, depois de calçá-lo voltar para o seu lugar, passando a vez para a 2ª coluna e assim sucessivamente. A equipe que terminar de colocar os tênis em primeiro lugar é a vencedora.

Variação – em lugar das equipes, o vencedor pode ser estabelecido de forma individual quando se tratar de crianças pequenas.

8. Jogo dos bichos

Objetivos: Atenção, concentração, memória e desinibição.

Desenvolvimento: As crianças fazem um circulo elegem uma criança para ficar no meio, que será o contador de histórias. Cada criança escolhe uma ficha com um bicho, que deverá saber imitar seu som característico. Por exemplo: cachorro, gato, galinha, burro, etc.
Quem está no meio do circulo começa a contar uma história, que pode não ter sentido, mas deve citar nomes de animais.
Cada vez que um animal for citado, a criança que escolheu esse animal deverá fazer o som característico do seu animal. Se ela errar ou esquecer sai do jogo e sua ficha fica com a criança da esquerda. Aí a brincadeira começa a ficar complicada, por que ela terá que ficar com o seu próprio bicho e com o bicho da criança que saiu, imitando os dois quando necessário.

Ganha quem permanecer até o fim sem errar.

9. Bolinhas

Objetivos: Agilidade, coordenação motora, socialização, discriminação visual

Desenvolvimento: Educandos em coluna atrás de uma linha de partida, tendo à frente de cada coluna, distantes uns cinco metros, um bambolê com seis pedras, ou bolinhas. Ao sinal do educador, o primeiro sairá correndo e começa a tirar uma bolinha por vez do bambolê colocando ao lado dele. Quando acabar volta correndo, dá um tapinha na mão do próximo que fará exatamente o contrário, repondo as bolinhas no bambolê, volta correndo e assim sucessivamente. Ganha a coluna que terminar primeiro.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

SUGESTÕES DE PLANOS DE AULA

EDUCAÇÃO INFANTIL (4 e 5 Anos)


Tema: Conhecendo a si mesmo e do outro


Áreas de Conhecimento: Linguagem, Arte e Movimento, Lógico-Matemático, Natureza e Sociedade e Identidade e Autonomia.

Duração: 5 dias
Objetivos:
1. Adquirir conhecimento do próprio corpo e do corpo do outro;
2. Respeitar as diferenças;
3. Noções importantes sobre higiene pessoal e alimentação;
4. Desenvolver a comunicação em grupo e o convívio social;
5. Desenvolver a auto-estima e apreciação do próprio corpo;
6. Adquirir conceitos de quantidade;


Procedimentos Didáticos:
1.º Dia
HORA DA CONVERSA
1. Recepção e Acolhida
2. Observação do Calendário
• Que dia é hoje?
• E o mês?
• Fazer a observação de como está o tempo.
3. Chamada no Quadro de Nomes
• Cada aluno pega sua fichinha do seu nome e coloca no mural
• Mencionar os nomes dos coleguinhas que faltaram
4. Conversa informal:
• Relatos de experiências com as crianças


ATIVIDADES
• Leitura da poesia de Pedro Bandeira “Por enquanto eu sou pequeno”:


Por enquanto eu sou pequeno,
muita coisa eu não sei.
Eu só sei que estou gostando
deste mundo onde eu cheguei.
Não me apressem por favor,
sei que ainda não cresci.
Mas vejam que eu estou tentando,
me esperem que eu chego aí!
Pedro Bandeira. Por enquanto eu sou pequeno. São Paulo: Moderna, 1994.


• Conversar com a turma sobre a poesia:
 A poesia fala sobre o crescimento da criança
 Durante o nosso crescimento nós aprendemos muitas coisas importantes.
 O que você aprendeu desde quando você nasceu até agora?


• Usando o cartaz da medida, cada criança será medida e o professor vai anotando em fichinhas seus dados físicos contendo a altura, cor da pele, cabelos, olhos e peso, que em seguida é colado no cartaz “ Eu sou assim”.


● Molde do corpo – atividade em dupla:
 Cada criança desenha o colega deitado no chão sobre o papel
 Em seguida colocaremos as características físicas de cada aluno, usaremos como auxílio as fichinhas do cartaz “ Eu sou assim”.
 Propor perguntas como: Qual a cor dos olhos? Qual a sua altura? ... Vamos olhar para o colega e observar as fichinhas?
 Trabalhar com recorte e colagem com as partes do corpo


LANCHE _


HORA DO CONTO
• Contos Modernos – “Chiquita a Ratinha vaidosa” (Gerusa Rodrigues)
• Conversa sobre a história:
 Qual o nome da ratinha?
 Por que o nome da história é “Chiquita a Ratinha vaidosa”?
 O que aconteceu com Chiquita?
 Como termina a história?
 Conversa sobre aprender a se cuidar e andar sempre limpo e arrumado.


MOVIMENTO E ARTE –
● Música –
“Partes do Corpo”
Cabeça, ombro, joelho e pé
joelho e pé.
Cabeça, ombro, joelho e pé
joelho e pé.
Olhos, ouvidos, boca e nariz
Cabeça, ombro, joelho e pé
joelho e pé.

RELAXAR –
• Relaxamento –
 Olhos fechados
 Ouvir o som da música
 Ouvir os sons em sua volta


SAÍDA – Organização do material em sala para ir para casa

2.º Dia
HORA DA CONVERSA
1. Recepção e Acolhida
2. Observação do Calendário
• Marcar no calendário o dia e fazer a verificação do tempo
3. Chamada no Quadro de Nomes
• Quem está presente colocar as fichinhas na lousa
• Contar quantos alunos faltaram
• Contar quantos estão presente
4. Diálogo – Relato de fatos


ATIVIDADES
• Conversar com a turma sobre o que aprenderam no dia anterior sobre o corpo
• Contar a história do “Cascão o Menino que não gosta de banho” (Maurício de Souza)
• Falar sobre cuidados pessoais
• Recorte e colagem com objetos que usamos na nossa higiene pessoal
• Confecção do mural dos trabalhos sobre higiene


LANCHE _


HORA DO CONTO
• Poesia – “A Meleca” (Dri Foz)
A caca do nariz
grudou no dedo do Luiz
sua mãe reclamou,
mas ele não se importou.
O que fazer
Se a meleca quis aparecer?
Luiz, sorridente,
Tentou disfarçar
Forjando uma dor de dente.
E rapidinho
Seu dedinho
Voltou direto ao buraquinho.
Luiz , vá ao banheiro
E limpe já esse bueiro!
Eu lhe dei educação
E não vai ser um ranho
O vencedor da situação!
O monco incomodava
E o indicador do Luiz
Não o alcançava.
Foi aí que o guri fez história:
Percebeu que assuar o nariz
Era vitória!


• Conversar sobre a poesia
 Por que a mãe do Luiz ficou brava com ele?
 Por que é feio limpar o nariz com o dedo?
 O que Luiz aprendeu?


MOVIMENTO E ARTE
● Dinâmica –


RELAXAR –
• Fantoches – de sacos de papel
• Personagens: Escova de dente, dente, creme dental, escova de cabelo, sabonete.
• Encenar sobre o uso de cada personagem
• As crianças colocarão falas nos personagens


SAÍDA – Organização do material em sala para ir para casa.


3.º Dia
HORA DA CONVERSA
1. Recepção e acolhida dos alunos
2. Observação do calendário:
• Que dia é hoje?
• E o mês?
• Fazer a observação de como está o tempo.
3. Chamada no quadro de nomes:
• vamos colocar as fichinhas com os nomes dos coleguinhas que estão na sala hoje?
• Quem faltou? Vamos ver as fichinhas que sobraram?
4. Conversa informal:
• Tema da conversa: Alimentação
• Importância dos alimentos
• O que mais gostam de comer?
• O que não gostam?
• Cuidados de higiene com a alimentação.
5. Música: “Comer, comer!”


HORA DA ATIVIDADE –
• Troca de idéias sobre os alimentos saudáveis e aqueles que precisam ser evitados;
• Recortar e colar alimentos saudáveis e importantes a saúde;
• Confeccionar um mural com os alimentos saudáveis e que devem ser evitados
• Contar quantos alimentos saudáveis e quantos não saudáveis nós encontramos;
• Qual tem mais? Saudável ou não saudável?


LANCHE – Saem cantando a música “Comer, comer!”.


HORA DO CONTO
• Contos de Fadas – “João e Maria”
• Conversa sobre o conto:
– O que acontece com João e Maria na história?
– Os doces na casa da bruxa são alimentos importantes para a saúde?
– Vamos mudar a história? Só vamos colocar na casa de doce, só alimentos saudáveis e no lugar da bruxa vamos colocar um personagem bom amigo de João e Maria.


MOVIMENTO E ARTE
• Pintura:
– Ilustrar a nova história criada pelos alunos
– Montar o painel das ilustrações


RELAXAR
• Massa de modelar:
– Com a massa de modelar levar os alunos a criarem suas formas a partir do tema trabalhado
– Cada um fala sobre o que criou


SAÍDA – Organização do material em sala para ir para casa.


4.º Dia
HORA DA CONVERSA
1. Recepção e acolhida dos alunos
2. Observação do calendário:
• Vamos marcar o dia de hoje?
• E o mês?
• Fazer a observação de como está o tempo.
3. Chamada no quadro de nomes:
• Colocar as fichinhas de todos os aluno
• Retirar as fichinhas dos que faltaram
• Contar quantas fichinhas nós tiramos do quadro de nome
• Contar as fichinhas que ficaram no quadro de nome.
4. Diálogo – Diferenças entre meninos e meninas
• Temas Transversais – Ética e Cidadania


HORA DA ATIVIDADE
• Semelhanças e diferenças entre meninos e meninas
 Observação do cartaz (corpo: menino e menina)
 O que tem de igual com meninos e meninas?
 O que é diferente?
 Salientar que o que é diferente não está errado, cada pessoa é única, ninguém é igual em todas as coisas, nosso corpo apresentam diferenças importantes para nos diferenciar.
 Montagem do quebra-cabeça – Nomear cada parte da Lili e do Beto


LANCHE –


HORA DO CONTO
• História Coletiva
 Usando a caixa da história (com objetos de usos entre meninos e meninas)
 Professora da o início retirando um objeto da caixa e começando a história
 Os alunos dão seqüência continuando a historia ao pegara outro objeto na caixa


MOVIMENTO E ARTE
• Jogo de Mesa
 Jogo da memória com vestuário feminino e masculino
 Dividir a sala em dois grupos com meninos e meninas em ambos os grupos


RELAXAR
• Jogos Simbólicos
 Dividir a sala em meninos e meninas
 Os meninos repetem as falas mais comuns das meninas para eles
 As meninas repetem as falas mais comuns dos meninos para elas
 Intervir nos conflitos entre os gêneros
 Propor um diálogo


SAÍDA – Organização do material em sala para ir para casa.


5.º Dia
HORA DA CONVERSA
1. Recepção e Acolhida
2. Observação do Calendário
• Que dia é hoje?
• E o mês?
• Fazer a observação de como está o tempo.
3. Chamada no Quadro de Nomes
• Cada aluno pega sua fichinha do seu nome e coloca no mural
• Mencionar os nomes dos coleguinhas que faltaram
4. Conversa – Dia da Novidade: cada aluno deve trazer algo interessante para mostrar aos colegas com o tema da semana


ATIVIDADES
• Revisão de tudo que foi trabalhado na semana sobre o corpo e o conhecimento de si mesmo e do outro
• Confecção do livrinho ”Eu sou assim”, onde cada aluno vai se descrever, usando também as fichinhas de registro feita em sala no dia 21/05/2007 Segunda-feira.


LANCHE


HORA DO CONTO
• Contos Populares – “Bonequinho doce” (Alaíde Lisboa de Oliveira)
 Leitura pela professora e conversa sobre o conto:
 Qual era o nome das meninas que fizeram o bonequinho doce?
 Por que elas quiseram fazer o bonequinho?
 O que elas usaram para fazer o bonequinho?
 O que aconteceu com ele?
 Por que o segundo bonequinho não quis fugir também?


MOVIMENTO E ARTE
• Jogos de Construção – Jogo das parte do corpo (encaixar cada parte no lugar certo


RELAXAR
• Dinâmica – “Bicho da Borracha”


SAÍDA – Organização do material em sala para ir para casa.


Recursos Didáticos:
Calendário, quadro de nomes, cartazes, papéis, cola, tesoura, revistas, Tipos de texto (poesia, contos populares, contos modernos, contos de fadas, músicas), caixa da história, lápis de cor, caneta hidrocor, fita métrica, balança, CD, etc.


Avaliação
1. Avaliação dos conhecimentos prévios dos alunos;
2. Cada aluno é avaliado de acordo com seu próprio progresso, sem comparações;
3. Verificar a forma gradativa do aprendizado dos alunos, respeitando sua temporalidade;
4. Refletir sobre a aula e verificar:
• Como os alunos encararam os conteúdos?
• Como cada um age ao trabalhar em sala com o grupo?
• Quais as dificuldades que surgiram?
• Como foi a participação nas atividades propostas?
• Apresentaram respostas ao tema proposto?

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